15 maio 2007

David Lynch



"Você não precisa dizer nada além da obra. Às vezes, as pessoas dizem que têm problemas em entender um filme, mas eu penso que elas entendem muito mais do que percebem, porque fomos todos abençoados com a intuição --temos realmente o dom de intuir coisas." - David Lynch



Bolas, este homem deixa-me a cabeça num turbilhão. Quando penso que já "apanhei" mais ou menos o "tronco "da história, aparece qualquer coisa que me deita qualquer teoria por água abaixo.
Era fácil dizer que o homem é maluco e que aquilo não tem sentido nenhum. Mas tem, tudo tem sentido. Desde o ângulo em que filma cada personagem, à cor da roupa, ao objecto que ela transporta, a língua que fala... tudo (ele mais que ninguém trabalha isto ao pormenor). E deixa-me aqui a remoer a remoer até me acontecer o mesmo que aconteceu no último filme dele, fui ver outra vez e outra vez e ainda assim não digeri tudo.
Só posso dizer neste momento (ainda não consegui ordenar as idéias) que a história anda à volta de uma actriz, que anda às voltas consigo mesma. Revejo-me neste papel, tal como qualquer um de nós, no encontro com as inúmeras personalidades que nos habitam, os diferentes medos, o medo do que está para vir, do que pode acontecer... enfim... não sei que diga... Vou reflectir sobre o assunto. Quando tiver as idéias em ordem, escrevo-as.
Se o Sr demorou 3 anos a "matutar" no filme, eu não posso decifrá-lo num dia..

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